Autoestima é um componente essencial da psique humana, pois ela não afeta apenas como nos enxergamos. A autoestima, ou falta dela, também muda o jeito que você vê o mundo ao seu redor bem como os seus relacionamentos.
O seu nível de autoestima irá impactar em menor ou maior grau o seu comportamento e, por consequência, influenciará em muitas das escolhas que você toma na sua vida, tanto no âmbito pessoal quanto no âmbito profissional.
Hoje iremos discutir mais a fundo sobre o que é a autoestima e o porquê dela ser tão importante para a nossa vida, individual e em sociedade. Esperamos que seja um texto proveitoso e que traga benefícios tão bons para o seu dia quanto a autoestima traz!
1. O que é autoestima
Antes de começarmos a discutir a autoestima precisamos defini-la. Entretanto, ainda não existe um consenso que dê uma explicação precisa a respeito dela. Para os fins deste artigo, podemos considerar que autoestima é a opinião, podendo ser tanto positiva quanto negativa, que temos de nós mesmos.
A autoestima se relaciona com a autoimagem, pois é a imagem que você constrói de si, seja na sua aparência ou na sua personalidade. Por isso que a autoestima tende a afetar também seus relacionamentos porque você tende a buscar pessoas que refletem a sua própria imagem.
Portanto a autoestima é um sentimento profundo de um indivíduo com sua própria existência em todos seus aspectos: suas emoções, seus hábitos, seus contatos, tudo!
2. Por que a autoestima é importante?
Assim como não existe uma única forma de definir a autoestima, também não existe uma única resposta que explique a sua importância. Portanto, abaixo elencamos alguns dos principais fatores que mostram porque ela é fundamental nas nossas vidas.
Nos faz acreditar que somos capazes:
Como a autoestima engloba a nossa percepção sobre nós mesmos, ela afeta diretamente a forma como encaramos os fracassos e sucessos da vida cotidiana. Pessoas com níveis baixos de autoestima tendem a confiar menos nas suas habilidades e assim evitam de explorar todo seu potencial.
Já uma pessoa mais autoconfiante, consegue tomar mais riscos e correr atrás de seus objetivos. E mesmo quando se depara com uma derrota, uma pessoa com autoestima consegue se erguer mais rápido e se sente capacitada para tentar outra vez.
Nos faz ver a vida com mais leveza:
Como falamos, a autoestima também afeta a forma como você encara o mundo. Não que uma pessoa cheia de autoestima fique alheia às dificuldades da vida em geral, porém não cria obstáculos pessoais para piorar uma situação.
A autoestima te faz enxergar a vida com mais leveza, ou seja, não transformar problemas em paredes impossíveis de se transpor ou contornar. O mundo segue tendo seus mesmos reveses, contudo você passa a ter uma outra perspectiva a respeito dele.
Nos traz positividade:
Talvez a palavra que mais se correlacione com autoestima é positividade. Pessoas com maiores níveis de autoestima também tendem a ser mais otimistas em relação a vida. Novamente, isso não significa ignorar que existem e existirão problemas na nossa jornada pelo mundo.
O que a autoestima faz é mudar a sua visão sobre tudo que te rodeia de maneira mais positiva. Até mesmo os episódios mais negativos conseguem ser encarados com uma perspectiva mais edificante da experiência humana.
Promove habilidades sociais:
A imagem que você tem de si define a forma como você irá interagir com as pessoas que passam pelo seu dia e pela sua vida. E isso é uma via de mão dupla, porque alguém com baixa autoestima têm maiores dificuldades para se socializar e também dificulta a aproximação por parte das outras pessoas.
Logo, não é que uma pessoa com autoestima tem maiores capacidades sociais, mas sim porque ele se torna alguém de mais fácil convivência e assim as pessoas têm maiores incentivos para se incluir ou incluí-la nos seus círculos sociais.
Aumenta o bem-estar:
No geral, a autoestima eleva seu nível de bem-estar pois ela reforça o seu amor próprio e também o respeito que você tem por si mesmo. Com isso, algumas das condições que estamos mais vulneráveis no nosso dia-a-dia, como a ansiedade, tem seus efeitos reduzidos.
O aumento da autoestima também implica no aumento da satisfação e da sua felicidade geral sobre sua vida, te tornando uma pessoa muito mais positiva em relação ao mundo e ao seu futuro.
3. Veja como a baixa autoestima prejudica o trabalho e a vida pessoal
Você sente os efeitos da baixa autoestima em todos os níveis da sua vida. Ela pode interferir no seu trabalho, nos seus relacionamentos e quaisquer outras interações cotidianas. Portanto é necessário entender como ela pode te prejudicar e ficar atento aos principais sinais.
O que é autoestima baixa?
As pessoas tendem a achar que autoestima baixa se relaciona unicamente com a imagem que você tem com seu corpo, porém ela vai muito além disso. A baixa autoestima é a falta de confiança que você tem em si mesmo e assim ela não afeta apenas a percepção da sua aparência, mas também na capacidade de realizar qualquer tarefa ou se relacionar com qualquer pessoa.
Quais são os sinais de autoestima baixa?
- Visão pessimista da sua vida;
- Isolamento social;
- Evita emitir suas opiniões em qualquer situação;
- Falta de confiança nas suas próprias habilidades;
- Medo de tomar riscos ou responsabilidades;
- Constante sentimento de fracasso;
- Procrastinação constante.
Um psicólogo ajuda a quebrar o círculo vicioso
A autoestima é algo que você aprende a nutrir com o tempo, contudo algumas pessoas se encontram em quadros tão graves que acabam criando um círculo vicioso em suas vidas. Por se sentirem menos confiantes, elas acabam tendo resultados mais negativos no trabalho ou vida pessoal que, por sua vez, colaboram para agravar a percepção negativa que tem de si mesmo.
Quando estamos nesse cenário, dificilmente a pessoa conseguirá sair desse ciclo sozinha. Por isso não se deve buscar ajuda profissional. Um psicólogo capacitado não somente ajudará a pessoa a se entender, como também através de um trabalho contínuo criará junto dela as ferramentas para ajudá-la a quebrar o círculo vicioso em que se meteu.
Sinais que indicam que um profissional está com baixa autoestima
- Pessimismo frequente em relação a sua carreira;
- Falta de confiança nas próprias habilidades profissionais;
- Dificuldade em atuar com seus colegas;
- Baixa concentração e atrasos constantes na entrega dos trabalhos;
- Medo em assumir responsabilidades e dificuldade em assumir seus erros.
Benefícios da autoestima para a carreira
A autoestima não traz benefícios apenas para sua vida social. Ela também ajuda a aprimorar traços da sua personalidade e das suas habilidades que têm impacto positivo na sua carreira. Alguns exemplos são:
- Aprende a aceitar erros;
- Não recusa ou tem medo de novas oportunidades;
- Incentiva o seu desenvolvimento;
- Melhor o convívio com colegas de trabalho;
- Te faz uma pessoa mais proativa.
4. Como melhorar a autoestima?
Cuidar da autoestima é cuidar de si, sendo assim existem dezenas de pequenos passos que você pode dar para melhorá-la. Mas isso não é algo que você precisa fazer uma vez na vida, é um hábito a se adquirir.
Defina metas possíveis:
Você precisa trabalhar sua autoestima dentro daquilo que é realizável, então suas metas não devem ser muito grandiosas. Foque nas pequenas coisas como começar um curso, arrumar seu guarda-roupa, fazer uma viagem curta, que podem ser feitas a curto-prazo e já criam um sentimento de avanço.
Saiba o que você quer:
Ter autoestima também é se conhecer, portanto para melhorá-la você precisa saber exatamente aquilo que quer na vida. Mas, novamente, reforçamos que você precisa também de uma noção daquilo que é possível para você no momento. Não significa não ter sonhos e sim entender aquilo que está ao seu alcance e trabalhar para conquistá-lo.
Tenha momentos de lazer:
A vida não é só trabalho e crescimento pessoal não se limita apenas naquilo que irá te ajudar na sua carreira. Jantar com amigos, ir assistir um filme, caminhar no parque, se exercitar, tudo isso ajuda a recarregar sua bateria emocional para você ter ânimo para realizar outras tarefas enquanto aumenta o seu bem-estar.
Goste de se cuidar e não faça comparações:
Um erro constante é que tentamos medir a nossa felicidade segundo a vida dos outros, ou seja, acreditamos que só estaremos plenamente satisfeitos se conquistarmos aquilo que eles conquistaram.
Como falamos anteriormente, para aumentar sua autoestima você precisa entender aquilo que é melhor para você, se cuidar e entender que nem tudo que é melhor para o outro será aquilo que é melhor pra você.
Aprenda com os erros:
Parte fundamental para ter autoestima é saber lidar com os erros e fracassos que são comuns na nossa vida. Porém não é apenas aceitá-los como algo que cedo ou tarde vai acontecer, é também entender que são oportunidades de aprendizado e de auto-aprimoramento.
Sonhe e faça planejamentos:
A autoestima também olha para seu futuro. Todos precisam ter sonhos que os motive a crescer na vida. Porém sonhos são objetivos a longo prazo, então começar com um planejamento já cria em você a noção que você está avançando.
5. É possível ser plenamente feliz e satisfeito consigo mesmo?
O mundo se tornou um lugar tão competitivo que faz com que as pessoas estejam constantemente se medindo ou se comparando às outras. Num cenário assim é bem mais difícil estar satisfeito consigo mesmo pois sempre parece que as pessoas estão numa condição de vida melhor.
Não é impossível atingir a felicidade plena e a autoestima é a chave para essa conquista. Como ela se atrela ao valor que você percebe sobre si, a autoestima também determinará o seu nível de satisfação na vida. Uma pessoa mais autoconfiante nas suas habilidades e conquistas está muito mais próxima da felicidade plena do que alguém que constantemente se mede através dos outros.
As metas e objetivos que você toma para sua vida é que o define aquilo que você acredita ser satisfatório. A busca pela felicidade rege-se pelos parâmetros que nós mesmos determinamos e não por aquilo que outros conquistaram para si.
Quais são os sinais de autoestima saudável?
- Confiança em si mesmo;
- Saber lidar com adversidades e fracassos;
- Boa interação com colegas;
- Capacidade em tomar decisões;
- Não ter medo de assumir novas responsabilidades;
- Lidar bem com críticas;
- Atitude positiva em relação ao futuro e a vida.
6. A Psicologia e a Autoestima
Neste último tópico gostaríamos de retornar a um item anterior sobre como profissionais podem te ajudar a sair de um círculo vicioso de baixa autoestima. Dentre muitos dos componentes da nossa psique, a psicologia estuda muito os efeitos que a autoestima tem no nosso comportamento.
Psicólogos e terapeutas são importantes nessa jornada de autoconhecimento e superação dos obstáculos que nós mesmos criamos para nossa vida porque por vezes não temos o entendimento de como funcionamos como indivíduos.
A psicologia não apenas detém esse conhecimento como também seus profissionais estão preparados para auxiliar os mais diversos pacientes. Cada pessoa é seu próprio mundo, então não é apenas um método que serve para todos e às vezes você se coloca numa condição tão grave que é praticamente impossível sair dela.
Mas entenda também que isso é um trabalho em conjunto. Seu psicólogo ou terapeuta não pode fazer nada se você mesmo não estiver disposto a se ajudar. O diálogo constante e a honestidade com seus sentimentos e vontades é que abrirão a porta para o seu crescimento pessoal.
Por fim, separamos algumas sugestões que os profissionais dão de pequenas atitudes que você pode tomar nos seus dias que lhe ajudarão a manter o nível da sua autoestima mais elevado.
Crie uma imagem convincente:
Como você se vê reflete na sua autoestima, então as metas que você define na sua vida devem convencer ninguém menos que você mesmo.
Se conheça:
Mas apenas definir suas metas não é o bastante, você precisa se conhecer para garantir que não dará um passo maior que a perna. Isso significa entender suas qualidades, como também seus limites e seus defeitos para poder trabalhar neles.
Mantenha contato:
O componente social também é fundamental na sua autoestima. Crie laços com pessoas que incentivam seu crescimento e que você possa contar sempre que precisar de ajuda.
Faça algo naquilo que é bom:
Foque nas suas principais habilidades e as desenvolva ao máximo, pois elas trarão a melhor sensação do seu avanço pessoal.
Ajude e aceite o outro:
Autoestima não é apenas receber apoio externo, você também deve fazer o seu papel em ajudar ao máximo quem te cerca que também trará a mesma felicidade que você tem ao receber apoio.
Não se compare:
A sua felicidade compete a ninguém mais do que você mesmo. Nem tudo que é melhor para os outros será o melhor para você. Entenda aquilo que você quer na sua vida e faça disso o seu motivador.
Ouça sua intuição:
As dúvidas são as que mais minam a sua confiança em si, por isso por vezes é bom seguir sua intuição em vez de dar mais tempo para que as preocupações desnecessárias te impeçam a dar um novo passo.
Ame-se:
No final, adquirir autoestima é aprender a amar a si mesmo, pois isso estimulará você a ter relacionamentos saudáveis, buscar aquilo que é melhor para você e trabalhar no seu desenvolvimento.
Perguntas frequentes:
Qual é a importância da autoestima?
A importância da autoestima é que a forma que você se vê afeta diretamente a forma com que você vê o mundo. Um aumento na autoestima implica num aumento da sua confiança e assim você se sente mais movido em alcançar seus objetivos e lidar com fracassos na vida.
O que a falta de autoestima pode causar?
A falta de autoestima pode causar prejuízos severos na vida de uma pessoa, pois ela leva a hábitos autodestrutivos como isolamento social, perda da confiança em si, problemas com sua autoimagem e até mesmo abuso de substâncias tóxicas.
Qual a importância da autoestima na saúde mental?
A importância da autoestima na saúde mental é que a falta dela pode contribuir para desenvolver condições, ou até mesmo piorá-las, que afetam diretamente o seu bem-estar como quadros de depressão, ansiedade, distúrbios alimentares, problemas de autoimagem, entre outros.
O que promove a autoestima?
O que promove a autoestima é buscar ter uma qualidade de vida física, psicológica e emocional. Criar hábitos saudáveis de alimentação, fazer exercícios, nutrir bons relacionamentos e, em caso mais graves, buscar ajuda de um profissional ajudam a elevar seus níveis de autoestima.