O autoconhecimento é um termo bem autoexplicativo. Entender a si mesmo é de extrema importância para o desenvolvimento próprio. Como podemos aspirar nossa evolução sem nem ao menos entender aquilo que somos? Por isso, vamos recomendar os melhores filmes sobre autoconhecimento, para que você possa se entender melhor de uma forma leve e agradável: assistindo a um bom filme.
Nossos sentimentos, nossos anseios, nossas qualidades, nossos medos, tudo aquilo que nos faz seres humanos. Entender essas partes que nos compõem é de extrema importância para conseguirmos alcançar a satisfação plena com nossas vidas.
O cinema explora muito esse tema e pode ser uma ferramenta valiosa para nos ajudar a nos entendermos como pessoas. Hoje selecionamos 8 os melhores filmes sobre autoconhecimento com personagens que passam por uma inspiradora jornada de autoconhecimento que talvez sejam úteis para vocês conseguirem encontrar o que há de melhor dentro de si.
Confiram abaixo as nossas recomendações!
1. Na Natureza Selvagem (2007)
Sinopse: Após se formar, Christopher McCandless, um excepcional aluno e atleta filho de uma família abastada, resolve tomar um novo rumo na vida. Em vez de seguir uma promissora carreira, ele abandona todos os seus bens e parte numa jornada pessoal pela natureza do Alasca.
O período que passamos na universidade é uma fase de experimentação para muitos que seguem tentando se descobrir. Porém, a jornada de autoconhecimento é algo que nos acompanha por toda a vida e é normal que mesmo depois dessa fase ainda nos sentirmos sem uma definição clara do que somos ou o que queremos.
“Na Natureza Selvagem” é um filme biográfico da história real do jovem Christopher McCandless que faleceu depois de dois anos de viagem pela natureza americana. Os relatos deixados por ele em seu diário deram origem ao livro homônimo que inspirou o filme.
Alguns poderiam achar que o rapaz jogou todo um futuro promissor a troco de nada, porém, tanto o filme quanto a sua história real mostram exatamente o exato oposto. Foi durante esse período andando a esmo pela natureza que McCandless conseguiu encontrar seu lugar no mundo.
O que Na Natureza Selvagem nos mostra é que mesmo uma pessoa cuja vida parece estar nos eixos pode não estar plenamente satisfeita consigo. McCandless, mesmo com uma curta existência, conseguiu no tempo que passou viajando pelo país entender enfim aquilo que realmente lhe trazia essa felicidade plena.
2. Pequena Miss Sunshine (2006)
Sinopse: Olive é uma garotinha que tem um único sonho: participar do concurso de Pequena Miss Sunshine. Assim ela embarca numa viagem com sua família desajustada – pai, mãe, irmão, tio e avô – numa corrida contra o tempo para chegar na hora do concurso.
Viver em família não é sempre uma tarefa fácil. Mesmo com os laços que os unem, cada membro ainda está passando pela sua experiência pessoal, carregando visões e desejos próprios. Ou seja, cada familiar passa pela sua jornada individual de autoconhecimento.
Contudo, “Pequena Miss Sunshine” nos mostra que a convivência serve como um combustível para essa compreensão, pois é através do apoio e auxílio mútuo, compartilhando dessas experiências, que cada um consegue se entender melhor.
Olive é a única personagem que já tem aquilo que quer na vida dela bem definida, afinal ela é apenas uma criança vivendo uma vida mais simples. A jornada cai sobre os parentes ao redor da garota, pois é na tentativa de ajudá-la a atingir o seu objetivo é que eles percebem o que querem para suas vidas.
Durante o que deveria ser uma viagem normal pela estrada, a família de Olive passa por diversos conflitos que provocam uma transformação em cada um deles. Ao exporem suas vulnerabilidades e decepções, eles acabam fortalecendo a sua união e passarem a se entender melhor não apenas como família, mas também como pessoas.
3. Cadê Você, Bernadette? (2019)
Sinopse: Bernadette sentia que sua vida estava sem rumo e assim decide desaparecer misteriosamente deixando tudo para trás. Então sua filha, Bee, agora parte numa busca pela sua mãe e, no processo, passa a conhecê-la de formas que nunca antes havia imaginado.
No momento que a história de Bernadette inicia a personagem já está muito bem de vida: é uma arquiteta renomada, tem um casamento saudável e uma boa relação com sua filha. Mesmo assim ela passa a duvidar de si mesma e cria ressentimentos com a vida, se tornando uma pessoa depressiva e reclusa.
O filme reforça a ideia de como o autoconhecimento é uma constante nas nossas vidas. Até mesmo para uma mulher que aparentemente já tinha se encontrado e conquistado aquilo que para muitos seria uma vida feliz, ela ainda tem suas inseguranças e suas dúvidas.
Bernadette passa por muitos momentos tempestuosos ao longo do filme e precisa sair daquilo que ela construiu como sua zona de conforto. Mas, ao passar por todas essas tribulações que ela consegue novamente reviver suas paixões na vida profissional e com a própria família, voltando a ter a plenitude que antes conquistou.
4. Comer, Rezar, Amar (2010)
Sinopse: Liz Gilbert achava que já tinha conseguido tudo que uma mulher podia desejar para sua vida. Porém, após se divorciar, ela passa a ter dúvidas de si mesmo, então sai numa aventura de autodescoberta que a leva a lugares como Itália, Índia e Bali.
Liz Gilbert, interpretada por Julia Robert, tem uma jornada similar a de Bernadette do filme anterior. Ambas são mulheres já resolvidas que por motivos diversos acabam duvidando de si mesmas e, por consequência, daquilo que consideravam ser o importante para suas vidas e felicidade geral.
Outra similaridade é que para que as duas consigam resolver esse conflito interno elas precisam sair da sua zona de conforto. No caso de Liz, ela entra em contato com diferentes culturas e pessoas que trazem novos conhecimentos e lhe apresentam novas visões que mostram para a personagem que ainda havia muito para ela aprender sobre o mundo e sobre si.
Comer, Rezar, Amar não é sobre como devemos largar tudo e viver em outro lugar para conseguir uma nova vida. Até porque isso é impraticável para muitas pessoas. O que o filme nos mostra é que esse contato com outros saberes nos dá mais ferramentas para nos entendermos e descobrir novas partes da nossa essência humana.
5. A Vida Secreta de Walter Mitty (2013)
Sinpose: Walter Mitty trabalha criando fotos para os artigos da revista Life. Para fugir da monotonia do trabalho, ele se imagina tendo experiências extravagantes pelo mundo. Agora, enfim, ele tem a chance de viver uma aventura real com sua colega de trabalho para encontrar uma foto escolhida para ser a capa da próxima edição da revista.
Se identificar com o personagem do Walter Mitty é bem fácil porque todo mundo já se deixou abater pelo tédio do ambiente de trabalho, ainda mais num escritório. Quem nunca se deixou escapar por alguns devaneios pensando numa vida alternativa em outro lugar?
Entretanto, aqui não é um mero exercício de imaginação, os constantes devaneios do personagem refletem o seu desejo de viver mais intensamente e sua angústia com a forma que ele tem levado a sua vida. O problema é que, tal como personagens de outros filmes que citamos aqui, ele também tinha medo de sair dessa zona de conforto ainda que estivesse insatisfeito dentro dela.
A Vida Secreta de Walter Mitty nos mostra que não podemos viver apenas de nossas fantasias, é necessário dar esse passo. O autoconhecimento não se limita a apenas saber o que você quer para si, é também se comprometer a ir atrás daquilo que você deseja ser.
6. Duas Vidas (2000)
Sinopse: Russ Duritz é um consultor de imagem bem-sucedido que se vê em meio a um acontecimento inusitado: a sua própria versão de oito anos um dia aparece na sua casa. Isso obriga Russ a confrontar o seu passado e lidar com memórias que ele tentou enterrar.
Lidar com o passado não é uma tarefa fácil, principalmente para aqueles que tiveram uma vida muito atribulada. Por isso algumas pessoas preferem apenas suprimir essas memórias na esperança que um dia elas desapareçam. Mas, no caso do personagem de Russ, elas vêm literalmente bater na sua porta.
Apesar da qualidade fantástica, Duas Vidas fala sobre algo muito real nas nossas vidas. O autoconhecimento nos obriga a reconhecer e enfrentar seus demônios internos ou do passado, porque gostemos ou não eles também fazem o que somos hoje, para melhor ou pior.
Mas, existe uma nota bem positiva no filme, porque ao ter que relembrar do passado o Russ também se lembra dos seus sonhos que ele deixou de ir atrás por conta das adversidades e decisões que tomou na sua vida. Portanto, as memórias aqui servem também como uma porta para se conhecer com mais profundidade.
7. Livre (2014)
Sinopse: Cheryl passa por diversas adversidades. Sua mãe morre, ela se divorcia e ela desenvolve um vício em heroína. Para tentar mudar o rumo da sua vida, ela parte então numa trilha de 1100 milhas pela costa do Oceano Pacífico em contato com a natureza.
Ao contrário “Onde Está Você, Bernadette?” e “Comer, Rezar, Amar”, “Livre” é um filme cuja protagonista está no ponto mais baixo da sua vida. Cheryl se encontra num caminho de autodestruição e sem qualquer perspectiva para o seu futuro. E assim como em Na Natureza Selvagem ela busca no contato com a natureza uma forma de se salvar.
É interessante notar como essa ambientação usa o isolamento de uma forma diferente do que ele geralmente é tratado em outras histórias. Se afastar da cidade e, por extensão, dos seus problemas nesse caso não é visto como uma fuga, pois Cheryl, tal como o protagonista do outro filme, está na verdade, buscando algo.
Em Livre o isolamento faz com que a personagem passe por uma experiência de introspecção onde ela pode reavaliar sua vida e seus valores para encontrar as formas de superar todos os eventos trágicos pelos quais passou e alcançar um estágio mais positivo de si.
8. Encontros e Desencontros (2003)
Sinopse: Bob Harris é uma estrela de cinema viajando para Tóquio para um comercial. Charlotte, por outro lado, está acompanhando o marido que é um fotógrafo de celebridades. Os dois acabam por se encontrar no bar do hotel e, juntos, passam a compreender a vida um do outro.
Encontros e Desencontros traz novamente um tema que Pequena Miss Sunshine também nos mostrou. Aqui você tem dois personagens, Bob e Charlotte, que estão ambos descontentes com suas vidas por suas respectivas razões. Porém, sozinhos eles não eram capazes de superar essa situação.
É apenas com o contato com uma outra vivência, conversando sobre suas dificuldades e compartilhando as suas expectativas sobre o futuro e a vida, é que esses começam a se descobrir juntos. Mais uma vez a chave para o autoconhecimento não está apenas dentro de si, mas como também no outro.
A vida é uma troca de experiências que serão úteis em maior e menor grau na nossa jornada e, por isso é tão importante estar sempre disposto a ouvir e compartilhar nossos sentimentos com os outros, pois eles podem nos oferecer perspectivas transformadoras que tanto precisamos.
Esses foram alguns dos melhores filmes sobre autoconhecimento para aqueles que têm interesse em narrativas sobre autoconhecimento e autodescobrimento. Cada um dos filmes indicados aborda esses temas ao seu modo, então vale a pena conferir o maior número possível deles. Por fim, não se esqueça de deixar a sua recomendação, dos melhores filmes sobre autoconhecimento, para mais pessoas que se encontram na necessidade de se conhecerem melhor.