Você provavelmente já ouviu falar sobre meditação e todos os seus benefícios para a saúde física e mental.
É uma prática que quando inserida na rotina, muda a forma como enxergamos a vida em um todo.
Ajuda na autorregulação emocional, equilíbrio e autocuidado. Resumindo, é sinônimo de saúde e têm muita importância na atualidade.
Mas, você já ouviu falar a respeito do mindfullness? Essa é uma prática que tem sido bastante difundida e comentada recentemente e tem muita relação com a meditação.
Por isso, trouxemos neste artigo a definição de ambos e quais são as relações entre eles, bem como suas diferenças.
Mas já antecipando, saiba que um não caminha sem o outro, ou ainda, que um se sobrepõe sobre o outro. Como é que isso funciona? Vamos te explicar a seguir, confira.
O que é meditação?
Vamos começar pelos conceitos para te esclarecer melhor o que é cada coisa. Primeiro, você precisa saber qual a definição de meditação.
É um hábito milenar e envolve um momento reservado para concentração, paz, calmaria, foco e reclusão.
Tudo isso com o foco de autocuidado que tem como retorno o autoconhecimento, uma saúde mental e física estabilizadas, descanso do corpo, da mente e muito mais.
Existem diversas maneiras e posições para meditar, bem como exercícios diferentes para que você se encontre na que melhor se encaixa.
Dentro da meditação, existe uma técnica que é necessária para dedicação durante o momento de meditar. Essa técnica é chamada por mindfullness: atenção plena.
Dito isso, a seguir vamos entender melhor do que se trata e se existe alguma diferença entre esta prática e a meditação.
Mindfulness é meditação?
Mindfulness é uma tática aplicada ao meditar e que pode ser realizada sozinha, a parte. No entanto, ambas caminham juntas e é isso que vamos te explicar aqui.
Como forma de se curar do estresse diário, ansiedades e até de uma depressão, o mindfulness vem com o intuito de se fazer concentrar no momento presente, foco e atenção ao ambiente em que você está inserido (a).
É uma maneira de não pensar em preocupações passadas e futuras, apenas viver o agora, por meio de sentimentos e sensações, algo que já é uma premissa da meditação.
Como esse momento de concentração é um dos mais desafiadores durante a hora de relaxar, assim, ele ganhou um espaço de estudos só para si.
Logo, essa prática de foco também é um tipo de meditação, ou seja, uma técnica utilizada dentro deste campo. Assim, de certa maneira, ambas as atividades de relaxamento se fundem.
Ensinamentos de Buda
Apesar do mindfulness não ter necessariamente um cerne religioso em sua origem, tem muitos aspectos semelhantes aos ensinamentos e premissas de Buda.
Buda foi um príncipe na antiguidade que estava infeliz com a sua vida rasa na realeza e foi atrás de se livrar do sofrimento em busca da iluminação e felicidade.
A principal característica do método é a de manter a presença integral, e é exatamente algo que Buda tinha como premissa no caminho óctuplo.
Nele, para que o ser humano possa ser livre do sofrimento, deve ter em seu caminho a compreensão correta, pensamento correto, fala correta, ação correta, meio de vida correto, esforço correto, atenção correta e concentração correta.
Entretanto, Buda não se utilizou do nome “mindfulness”, mas tinha em seus ensinamentos e direcionamentos a atenção correta que se assemelha muito a essa tática.
Dessa maneira, a técnica tem suas raízes no budismo, mas não possui embasamento religioso, portanto, é considerado uma prática mais recente e moderna.
Estresse, ansiedade e depressão
O estresse se dá como uma resposta biológica do corpo a situações de tensão no dia a dia. A ansiedade é uma resposta normal do corpo sobre situações que ainda vão acontecer, só que quando em excesso, se torna extremamente prejudicial para nós.
Já a depressão é uma condição mais severa e se trata de uma sensação de tristeza profunda, vazio e falta de sentido. Ela pode durar por períodos mais longos e afeta muito a vida de quem a está enfrentando.
A realização de tarefas comuns e corriqueira, para pessoas que sofrem com a depressão, podem se tornar muito difíceis ou até impossíveis.
Estresse, ansiedade e depressão são condições da vida humana que se tornaram recorrentes na realidade atual.
Apesar de recorrentes e comuns na nossa vida, não deveriam ser normalizadas, e é exatamente aí que entra o mindfullnes para te ajudar com essas queixas.
Confira a seguir quais são os benefícios e vantagens da prática desse método.
Quais os benefícios e vantagens da prática de mindfulness?
A prática dessa tática é uma das formas de autocuidado mais comentadas nos últimos tempos e com bastante resultados positivos. Confira a seguir seus principais benefícios.
1. Redução de estresse, ansiedade e sintomas de depressão
Por meio do método é possível controlar o estresse, ansiedade e até obter resultados positivos quanto aos sintomas de depressão.
Isso funciona de maneira que quando realizada essa prática, os níveis de cortisol do corpo diminuem, sendo eles os responsáveis pelo estresse, ansiedade e doenças como a depressão.
2. Melhoria do foco
Outro benefício dessa prática é a melhoria do foco num geral, que é um de seus princípios, assim como a atenção plena no momento atual.
Com isso, a técnica ajuda até nos níveis de produtividade para realizar as tarefas diárias.
3. Redução da insônia
A redução de insônia também é uma outra vantagem do método e está diretamente ligada ao primeiro benefício da lista.
Quando dormimos com a cabeça muito ativa e cheia de preocupações, o corpo e nem a mente descansam e é isso que o relaxamento busca eliminar.
Por isso, quando você começa a colocar em prática, os níveis de estresse e ansiedade diminuem, o que contribui para que o sono seja de qualidade.
4. Flexibilidade cognitiva
A flexibilidade cognitiva aumenta com a prática da mindfulness. Isso pode ser percebido porque a técnica age diretamente no córtex pré-frontal (área do cérebro onde acontecem os estímulos cognitivos).
Como resultado, você impulsiona os seus estímulos cerebrais com aumento de absorção e raciocínio, memória e flexibilidade cognitiva.
5. Benefícios para o corpo
Quando a mente está bem, o corpo reage bem também. Assim, praticando esse autocuidado, o seu corpo também sentirá os benefícios.
De acordo com estudos feitos na Universidade de John Hopkins, nos Estados Unidos, essa ferramenta auxilia também nas dores crônicas, ajuda a evitar as doenças cardíacas e auxilia até na questão imunológica.
Como praticar o mindfulness?
Para praticar o mindfulness, há vários conteúdos guiados na internet que te auxiliam nesse aspecto.
Você também pode achar em livros como “Atenção plena (mindfulness): como encontrar paz em um mundo frenético” de Mark Williams e Danny Penman, com um passo a passo detalhado de como meditar e como inserir isso na sua rotina.
Para facilitar, compilamos de forma resumida como praticar essa técnica:
1. Inicialmente, é aconselhado que você encontre um momento no seu dia que saiba que não será interrompido(a).
2. Mantenha-se em uma posição confortável e foque alguns minutos apenas na concentração do momento presente. Busque sentir cada pedaço do seu corpo, sentir o momento e, caso venha algum tipo de divagação (o que é bem comum), deixe elas fluírem.
Assim como os pensamentos vêm, eles também vão embora, e é exatamente nisso que esse momento de repouso foca.
Não fique nervoso (a) quando eles vierem, só tente voltar a sua concentração e deixe que assim como eles vieram, vão embora.
3. Outra questão da técnica é focar muito na sua respiração. É por meio dela que você acalmará o seu corpo e conseguirá atingir o nível de concentração necessário.
O artifício busca lidar com todas as sensações do dia a dia e valorização das coisas que muitas vezes são consideradas banais para nós, desde o sentir do tocar dos pés no chão, textura da comida, bem como a sensação da água caindo no corpo.
4. Com isso, a caminhada também é indicada, de forma com que você preste atenção em detalhes que você não prestaria antes de não estivesse concentrado (a).
5. Por último, a gratidão é muito valorizada. Desse modo, busque ter uma outra visão para a sua vida e aprenda a ser grato desde as coisas mais simples às mais grandiosas. Isso fará total diferença no modo de lidar com a visa.
Tipos meditação
De acordo com estudos da Inpa, há 7 tipos de meditação conhecidos, sendo:
- Em primeiro lugar a Zen que tem o foco na postura e respiração;
- Em segundo lugar, a Budista que conta com os ensinamentos de Buda;
- Em terceiro, a Transcendental que busca atingir a fonte dos pensamentos;
- Tem a Raja Yoga na quarta posição, que visa esvaziar a mente;
- Em quinto lugar, a Vipassana que conta com os ideais de Buda.
- Em sexto lugar, a Guiada, em que você escuta os estímulos de um guia espiritual e os segue;
- E, por último da lista, mas não menos importante, a técnica Mindfulness que visa a técnica de atenção plena no momento presente como abordamos até o momento.
O que é transcender?
O transcender é uma técnica do exercício de meditação transcendental com origem na tradição védica, e tem como foco é mergulhar dentro de si mesmo de maneira a atingir a fonte dos próprios pensamentos.
Se trata de um tipo de repouso e é considerada uma das meditações mais simples já que não precisa de muito. Não é necessário mentor e nem muitos tipos de esforços.
Transcender vem de transpor, atravessar, ou seja, atingir um nível superior de consciência.
Outro fator legal do método é que ele pode ser feito a qualquer momento e em qualquer lugar, já que os barulhos externos não têm nenhuma influência.
No budismo, também contamos com o princípio da transcendência que segue o preceito de livrar-se do sofrimento.
Já no mindfulness, se refere a alcançar um estado mais elevado de consciência por meio da concentração plena no momento atual.
O quarto estado da consciência
De acordo com muitos estudiosos do âmbito da meditação, possuímos três tipos de estado de consciência, sendo eles o de vigília, sono e sono profundo.
Quando transcendemos esses três tipos de estado de consciência, chegamos ao quarto estado que é denominado por Turiya, na tradição budista.
Este é um estado sublime, e até de certa forma difícil de explicar pois envolve algo que está além das capacidades comuns conhecidas, e poucos conseguem atingir esse nível de consciência.
De certa maneira, é até considerado algo divino, que vai além do tempo, espaço e corpo do indivíduo.
É, portanto, o maior nível de autoconsciência atingível. Muito interessante, não é mesmo? É bem complexo também.
Conclusão
Diante de todas as reflexões apresentadas, fica claro que mindfulness e meditação são assuntos bem amplos e com grande complexidade.
De qualquer maneira, fica claro que existe uma relação muito direta entre o primeiro e o segundo, já que o segundo se trata também de uma forma de meditar.
A diferença principal é que nas meditações tradicionais, existe uma base religiosa, enquanto na mindfulness, não.
Ainda, este último pode ser considerado como um método mais recente e moderno da prática meditativa, que vem cada vez mais sendo difundido.
Logo, ambas as práticas visam o estado de consciência concentrado e os benefícios da busca por uma vida mais saudável.
Se você procura por isso, não pode deixar de praticar, seja a tradicional ou o mindfulness.
Basta experimentar cada um deles, bem como os diferentes tipos de relaxamento e ver qual é o melhor para você.
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Perguntas frequentes:
Agora que você já viu tudo sobre mindfullness e meditação, bem como suas semelhanças e diferenças, confira as perguntas mais frequentes acerca dessa temática.
Qual é a diferença entre mindfulness e meditação tradicional?
Ambos estão conectados de forma que um sobrepõe o outro. Pode-se dizer que o miindfulness é um tipo de meditação moderna, sem base religiosa.
O que é a meditação mindfulness?
Como falamos aqui neste artigo, trata-se da meditação com foco em atenção plena no momento presente.
Quais são os três tipos de meditação?
Há mais de 3 tipos de técnicas conhecidas, mas os mais citados na atualidade são a guiada, mindfulness e budista.
Como aprender a meditar mindfulness?
Há vários conteúdos na internet e livros que nos direcionam para a prática da técnica, basta encontrar o que faz mais sentido para você e iniciar.